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domingo, 12 de janeiro de 2014

Chauá, o papagaio de muitos apelidos



Não devia ser rara a visão do papagaio chauá (Amazona rhodocorytha) sobrevoando as matas, de Alagoas ao Rio de Janeiro, passando pelo leste de Minas Gerais. Isso certamente explicaria os muitos apelidos que tem: acamatanga, acumatanga, camatanga, camutanga, chauã, chuã, cumatanga e jauá. No entanto, a espécie, endêmica da Mata Atlântica brasileira, das serras do mar e baixadas, está ameaçada de extinção, um destino interligado à destruição do seu habitat.
É belo pássaro: tem uma vistosa coroa vermelha que se transforma num púrpura-marrom na parte de trás da cabeça. Suas bochechas e pescoço são azuis, as asas e corpo tem uma plumagem verde com manchas escuras na parte de trás do pescoço. Quando abertas, as asas revelam manchas pretas e vermelhas e as penas da cauda têm marcas vermelhas e pontas amareladas. Já o bico e as pernas são acinzentados e a íris dos olhos é laranja-acastanhado.
Um papagaio de grande porte - mede cerca de 40 cm de comprimento - se alimenta de frutas, sementes, bagas, botões de flores e folhas que encontra na parte superior da mata.
No início da primavera começa o seu período reprodutivo, quando há maior disponibilidade de alimentos. O casal protege o território envolto do ninho, normalmente feito em cavidade de árvore de grande porte, e mantém o uso do mesmo local ano após ano. Em cativeiro, põe a cada vez uma média de 4 ovos, a incubação leva 24 dias e os filhotes estão prontos para deixar o ninho cerca de um mês após o nascimento.
O chauá habita florestas tropicais úmidas tanto das baixadas litorâneas quanto das regiões altas do interior. A maior concentração está no estado do Espírito Santo, embora esteja também presente em áreas florestais no sudeste da Bahia e nos estados do Rio de Janeiro e Minas Gerais. Outros locais são o norte do estado de São Paulo e no município de São Miguel dos Campos, no leste de Alagoas.
A maior ameaça enfrentada pelo Amazona rhodocorytha é a degradação do seu habitat, a Mata Atlântica, cuja cobertura florestal original remanescente é de cerca de 8,5 % da original. Outra ameaça é a exploração predatória e o tráfico ilegal, com frequência para fora do Brasil.

quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

Novo levantamento da flora decuplica espécies em risco


O Brasil deu esta semana mais um passo para cumprir o compromisso, assumido junto à Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB) da ONU, de elaborar até 2020 uma lista completa das espécies da flora brasileira ameaçadas de extinção. Lançado oficialmente pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA) em 3 de dezembro, oLivro Vermelho da Flora Brasileira traz a avaliação dos riscos enfrentados por 4.617 espécies nacionais e classifica 2.118 delas nas categorias Vulnerável (VU), Em Perigo (EM) ou Criticamente em Perigo (CR). O resultado desse levantamento, realizado a partir do trabalho conjunto de 200 pesquisadores do Brasil e do exterior, servirá como base para uma atualização da Lista Oficial das Espécies Brasileiras Ameaçadas de Extinção, documento legal do governo brasileiro cuja versão atual, elaborada em 2008, aponta somente 470 espécies.
Não se trata de um catálogo definitivo, posto que o trabalho de identificação e classificação das cerca de 40 mil espécies da flora no Brasil, ameaçadas ou não, ainda é um processo em curso. Mesmo abrangendo um universo de 10% da flora nacional, no entanto, o Livro Vermelho, elaborado pelo Centro Nacional de Conservação da Flora (CNCFlora), órgão subordinado ao instituto federal de pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro (JBRJ), já pode ser considerado o principal instrumento para a orientação de políticas públicas voltadas à conservação dessas espécies, pois identifica os principais fatores que as levaram à atual situação de risco de extinção.
O Livro Vermelho elencou 5.642 fatores de ameaça à flora brasileira. Mais de 60% desses fatores (3.400) pressionam espécies consideradas em risco de extinção. Citada em 2.970 casos, a perda de habitat e a degradação das espécies vegetais são provocadas preferencialmente pelo avanço da fronteira agrícola (36,1%), pela execução de obras de infraestrutura e planos de desenvolvimento (23,5%), pelo uso intensivo de recursos naturais (22,3%) e pelas queimadas provocadas por pessoas (11%). Além disso, o estudo conclui que “as espécies ameaçadas freqüentemente se concentram em áreas específicas, onde os altos níveis de endemismo coincidem com altos níveis de risco, sobretudo impactos do uso da terra”.
Os pesquisadores concluem ainda que diversas espécies com habitats e áreas de distribuição similares enfrentam ameaças similares. A maioria das espécies ameaçadas se concentra nos sete estados das regiões Sudeste e Sul. Minas Gerais é o estado que apresenta a maior quantidade de espécies classificadas nas três categorias de risco de extinção (VU, EN e CR), em um total de 810, seguida por Espírito Santo (500), Rio de Janeiro (490), Bahia (480) e São Paulo (480).
Na análise por bioma, a Mata Atlântica e Cerrado são os que reúnem o maior número de espécies ameaçadas. Em seguida, aparecem no ranking a Caatinga e os Pampas, e só na quinta posição a Amazônia. É justamente no bioma amazônico, no entanto, que o estudo do MMA se revela mais frágil, devido às difíceis condições de acesso a determinadas regiões e também às inúmeras lacunas de informação científica ainda existentes no que diz respeito às espécies amazônicas. Outro fator que pode explicar a posição da Amazônia no ranking é o grande número de unidades de conservação e outras áreas protegidas (38% do território) existentes naquele bioma.
No que diz respeito aos grupos de espécies avaliados, as Pteridófitas (samambaias, avencas e xaxins, entre outras) são as mais ameaçadas nas três categorias de risco de extinção levadas em consideração pelo Livro Vermelho. A família das Bromeliaceae (bromélias), no entanto, é a que apresenta o maior número de espécies (60) classificadas como CR, ou “Criticamente em Perigo”, seguida pelas famílias Orchidaceae (orquídeas) com 55 espécies e Asteraceae (margaridas, crisântemos e girassóis) com 45 espécies. O estudo afirma ainda que entre as asteráceas encontra-se a maior quantidade de espécies (145) classificadas como EN ou “Em Perigo”, enquanto o maior número de espécies classificadas como VU ou “Vulneráveis” pertencem à família das Orchidaceae (55). Em números absolutos, o livro aponta o gênero Begoniaceae (begônias) como aquele que tem mais espécies ameaçadas (36), seguido pelo gênero de bromélias Vriesea (35) e pelas Xyridaceae (Xyris, com 27 espécies ameaçadas).

segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

Os 10 animais mais bonitos

Você que adora os animais, vera nessa lista de agora os 10 animais mais bonitos selecionados ! 


              
10º - Peixe-Palhaço
9º - Chincilha
8º - Corça


7º - Golfinho

6º - Colibri-Abelha-Cubano


5º - Lontra-Marinha

4º Foca-da-Groelândia

3º - Urso-Panda

2º - Társio-das-Filipinas

1º - Feneco

Gostaram ? Sera que está faltando algum ae, deixe seu comentario ! 






















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Brasil pode ser líder na restauração florestal


Rio de Janeiro -- Muito se fala em reflorestamento, mas menos em restauração florestal. Por trás disso, organizações e movimentos ambientais já se articulam para desenvolver projetos para restaurar florestas e áreas verdes. Na opinião de especialistas ouvidos por ((o))eco, o Brasil pode ser um líder na área de restauração.
Na opinião do diretor do Programa de Pessoas e Ecossistemas do World Resources Institute (WRI), Craig Hanson, a restauração florestal é uma das estratégias deixada de lado na hora de discutir o combate às mudanças climáticas.
O assunto foi tema de um encontro promovido pelo BNDES para reunir projetos apoiados pela iniciativa Mata Atlântica do banco e pela Linha Florestal Mata Atlântica, nos últimos dias 21 e 22 de novembro.
“As nações se desenvolvem, cortam suas florestas para abrir zonas para a agricultura e o setor industrial, mas a sociedade passa a reconhecer o valor que as florestas oferecem como a água potável e começam a restaurar suas florestas. Não há uma lei, mas há um padrão. A cobertura florestal recua, se estabiliza e depois se restaura”, disse Hanson. São muitas as definições de restauro florestal, mas o grande significado é restaurar os processos ecológicos de uma floresta. “É dar vazão para o processo natural e de resiliência. Em alguns lugares, é preciso acabar com as queimadas, retirar o gado ou abrir espaço para florestas próximas se expandirem. Algumas vezes, é preciso de fato plantar espécies e deixar a natureza tomar o controle. Não há uma única resposta. Mas é preciso dar tempo e uma chance para a floresta recuperar-se”.

Tatu-Peba: gosta de salada, mas tem fama macabra

Tatu-peba ou tatupeba é um nome originário do tupi tatu'pewa, para "tatu chato", em referência ao formato de corpo desta espécie de tatu, a Euphractus sexcinctus. Ela tem a cabeça pontuda e achatada. O nome Sexcintus,por sua vez, traduzido do latim, significa "seis cintas", pois a carapaça do animal é dividida em seis a oito placas (ou cintas) móveis. Esta carapaça, forte e resistente,  reveste o dorso, parte da cabeça e a cauda tem formação óssea.
O tatu-peba é nativo da América do Sul e pode ser encontrada desde o Suriname até o norte da Argentina, incluindo a Bolívia, o Uruguai, Guianas, Paraguai e Brasil. Aqui, ele é comum na região Nordeste, nos campos, cerrados e bordas de floresta da Paraíba, Rio Grande do Norte, Pernambuco e Ceará.
Seu corpo é geralmente de cor amarelada, às vezes bronzeado ou marrom-avermelhado. A maioria dos indivíduos também possui pelos densos em quantidade razoável que servem de proteção. Todos os cinco dedos da pata anteriores têm garras grandes e fortes que são utilizadas para cavar o chão e construir tocas. Juntos, cabeça e corpo medem entre 40 e 95 cm, e a cauda acrescenta outros 12 a 24 cm. O peso deste animal varia de 3.2 a 6.5 kg.
Ele também conhecido como peba, tatupoiú, tatu-de-mão-amarela, tatu-cascudo, tatu-peludo, peludo e papa-defunto. Este último é uma referência à crença popular de que a espécie se alimenta de cadáveres, o que não está longe da realidade: onívoro, o Euphractus sexcinctus se alimenta de uma vasta gama de plantas e animais, inclusive carniça. Insetos, como formigas e cupins, e pequenos vertebrados, como sapos também são fazem parte da dieta. Mas o tatu peba gosta mesmo é de uma saladinha. Vegetais compõem 90% da sua dieta e incluem frutas, tubérculos e sementes.
Tatus-pebas são animais terrestres solitários, que constroem suas tocas em habitats variados, que vão desde florestas tropicais a pastagens. Entretanto, é encontrado principalmente em áreas abertas, como planícies de Cerrado. A toca é cavada a 2 metros de profundidade e é usada como abrigo e refúgio contra predadores. Asseado, o tatu-peba usa um local fixo para defecar, que não seja dentro da própria toca.
Diferente da maioria das espécies de tatu, o tatu-peba tem hábitos diurnos. Também são animais tímidos. Demarcam seus territórios através com o cheiro que exala de suas glândulas odorífera. Se ameaçados, em geral, correm para escapar de predadores e animais estranhos, mas pode ser agressivo com membros da própria espécie.
No período reprodutivo, a fêmea gera ninhadas de 2 a 4 filhotes em uma toca que ela mesmo constrói. A gestação dura de 60-65 dias. Ao nascerem, os filhotes que pesam entre 95 e 115 gramas e só abrem os olhos após cerca de 20 dias de vida. Atingem a maturidade com 09 meses e vivem até os 15 anos de idade.
E. sexcinctus não é uma espécie classificada como em extinção ou ameaçada. No entanto, são capturados ou mortos por agricultores em razão da predileção do animal por brotos de milho. No Nordeste, também são caçados pela sua carne, considerada uma iguaria. A criação deste animal para abate pode ser autorizada pelo Ibama.
Na lista vermelha de animais em risco da IUCN, o Euphractus sexcinctus é listado como pouco preocupante, pois sua distribuição geográfica é variada e extensa. Presume-se que exista em boa quantidade dentro de áreas protegidas, e sua capacidade de adaptação o protege do declínio e do risco de extinção.

domingo, 22 de dezembro de 2013

Reserva peruana na Amazônia sofre novo derrame de petróleo

Um novo derrame de petróleo ocorreu dentro da Reserva Nacional Pacaya Samiria, no Peru, no Bloco 8X, no mês de novembro, mas só foi conhecido no dia 4 deste mês, quando membros do programa de vigilância ambiental da Associação Cocama de Desenvolvimento e Conservação San Pablo de Tipishca (ACODECOSPAT) visitaram a área com funcionários da reserva.
O vazamento ocorreu no Bloco 8X operado pela empresa Pluspetrol Norte, entre o quilômetro 7 e 8 de um oleoduto que corta a reserva, na mesma área que sofreu outro derrame no mês de maio. Nas fotografias disponibilizadas pela Associação Cocama é possível comprovar os impactos causados pelos vazamentos e o desmatamento feito para os trabalhos de limpeza e mitigação da área.
De acordo com Pío Quinto, vigilante ambiental da Associação Cocama, que participou da operação inicial, quando chegaram ao local do vazamento encontraram dois técnicos da Pluspetrol Norte recolhendo o petróleo e armazenando-o em galões. A informação saiu em uma nota da organização Povos Indígenas Amazônicos Unidos para a Defesa de seus Territórios (PUINAMUDT).
Ainda segundo a nota, o derrame do hidrocarboneto poderia ter sido causado "pelo mal estado do duto que transporta o petróleo ou a intervenção ineficaz da Pluspetrol para solucionar as causas do primeiro derrame, meses atrás [em maio]".
Funcionários da Reserva Pacaya Samiria que estiveram na área contaminada informaram que existe uma zona de cerca de 4 hectares desmatados, que faz parte das atividades de recuperação do vazamento de petróleo. No entanto, o desmatamento seria criminoso e feito sem autorização nem conhecimento dos responsáveis pela reserva.
Até o momento, nem a petroleira Pluspetrol, nem o Ministério do Ambiente do Peru deram informações sobre o vazamento.

              

10 curiosidades sobre os pinguins

1. São 18 as espécies de pinguim no mundo. 13 delas tiveram suas populações reduzidas, e as outras 5 são consideradas em perigo de extinção.

2. O pinguim de magalhães, que costuma aparecer no litoral do Brasil, vive na Argentina e no Chile. Às vezes, ele nada à procura de comida e acaba sendo trazido pelas correntes frias.
3. Os pinguins ficam debaixo d’água boa parte do tempo. Por isso, impermeabilizam o corpo, usando uma secreção que sai da cloaca. Com o bico, eles esfregam a secreção na ponta do rabo e depois nas penas.
4. O hábito de colocar pinguins em cima da geladeira surgiu na década de 1950, quando a fábrica de refrigeradores Kevinator começou a mandar bonecos de pinguins como lembranças para as lojas. 
5. Eles são excelentes nadadores. Algumas espécies chegam a correr a 40 km/h, e a nadar a 30 km/h. Essas aves também são muito fiéis e só se "divorciam" em caso de má reprodução.
6. O pinguim não é nada romântico. Para dizer a uma fêmea que deseja acasalar, ele atira uma pedra em sua cabeça. Quando ela o aceita, os dois se abraçam e fazem uma canção de amor juntos.
7. Eles são encontrados no hemisfério sul. Apesar de serem associados à Antártida, eles também ocupam regiões da América do Sul, África do Sul, Austrália, Nova Zelândia e ilhas do Pacífico. Em cativeiro, sobrevivem em qualquer regão.
8. A espécie de pinguim que habita a região mais ao norte do planeta é o pinguim de Galápagos. Ele vive próximo à linha do Equador, na Ilha de Galápagos, e é a única espécie desta ave que esporadicamente pisa no hemisfério norte em busca de comida.
9. Os olhos dos pinguins funcionam melhor debaixo d’água do que na superfície. Isso permite que eles consigam caçar peixes mesmo em águas escuras e turvas.
10. O pinguim imperador é a maior espécie desta ave, com 40 quilos. O pinguim fada, que pesa apenas 1 kg, é o menor entre o gênero.


 
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